A quinta edição do YouTube Brandcast, maior evento do YouTube no Brasil, que é destinado principalmente à imprensa, aos criadores de conteúdo e a empresas, sob a premissa de apresentar o impacto que a plataforma de vídeo possui, além de trazer à tona as principais novidades. Nesta edição, que aconteceu virtualmente, o YouTube revelou dados a respeito do consumo de vídeo on-line durante a pandemia.
Se a edição passada do YouTube Brandcast abordou o consumo de vídeo on-line em comparação com o consumo de TV aberta, a divulgação do conteúdo brasileiro presente no YouTube Originals e uma nova premiação, chamada YouTube Works Awards, nesta edição o foco foi diferenciado. O que não mudou, é claro, foi a participação do Canaltech nisso tudo, para conferir de pertinho (ou melhor, desta vez à distância) esse evento.
YouTube na pandemia
Em um ano no qual as pessoas passaram mais tempo em casa devido à pandemia, o YouTube se consolidou como a plataforma número um que os consumidores não podem viver sem, segundo a pesquisa Why Video, encomendada à Talkshoppe pelo Google e realizada em agosto de 2020, com 2.052 entrevistados, de 18 a 65 anos, em todo o Brasil. Os dados apresentados durante a sexta edição do Brandcast apontam que atualmente, 105 milhões de brasileiros acessam o YouTube mensalmente, e que 91% afirma ter aumentado seu tempo navegando na plataforma. Enquanto isso, 54% dos entrevistados declararam que vão usá-la ainda mais.
“Os dados apontam justamente uma mudança de comportamento. Quando a gente tem essas declarações e faz uma correlação, entende que não é um movimento pontual, e sim algo que tende a ficar, essa intensidade no consumo dentro da plataforma”, analisa Samuel Moreschi, gerente de pesquisas e insight do Google, durante coletiva da imprensa.
No evento, foi apontado também que o número de canais com mais de 1 milhão de inscritos no Brasil cresceu e já supera a marca de 1,8 milhão. A quarentena impactou, ainda, a forma como os brasileiros assistem seus vídeos favoritos. Acontece que com mais tempo dentro de casa, as pessoas ampliaram o uso da TV para acessar o YouTube: o tempo de exibição em telas de TV cresceu 120% no Brasil em relação a 2019. Hoje, mais de 40 milhões de brasileiros já assistem a conteúdos disponíveis na plataforma por esse meio.
“O YouTube é esse conteúdo plural, imersivo, democrático. É feito de pessoas e conta com a tecnologia do Google, e essa tecnologia aperfeiçoa essa conexão entre marcas, conteúdo e audiência”, conta Alessandra Gambuzzi, diretora de projetos de conteúdo do Google. A pesquisa aponta que 79% das pessoas buscam relaxar quando assistem a vídeos, e no YouTube, a média global de visualizações diárias de vídeos relacionados à meditação aumentou mais de 40% desde 15 de março.
Outro aspecto interessante é que com teatros, cinemas, museus e casas de shows fechados, o YouTube se tornou um grande palco virtual: 78% dos usuários afirmaram buscar entretenimento ao assistir um vídeo. Impossível não se lembrar do grande “boom” das lives: artistas de todos os gêneros realizaram transmissões ao vivo, e quase metade dos usuários do YouTube utilizaram a plataforma como um substituto de um evento em tempo real durante a pandemia.
Lives devem continuar, diz diretora
Para Sandra Jimenez, diretora de parcerias de músicas para a América Latina, as lives são uma tendência que deve continuar. “Temos alguns ajustes que podem ser numa frequência menor quando os shows voltarem, porque o artista precisa estar no palco. É muito importante para ele e para o fã também. Mas esse leque de oportunidades que se abriu em fazer uma live que chega globalmente do qual muitas vezes o circuito de shows não passa é muito importante. Os artistas se deram conta de que esse é um caminho que também traz muita conexão e engajamento. Então imagina uma pessoa que nunca teve a oportunidade de assistir ao show, e teve a oportunidade de vê-los ao vivo no YouTube. Esse leque de opções vai continuar e a live vai estar inserida, sendo uma das opções”, diz.
O evento também revela que 65% das pessoas disseram buscar ter um tempo para si ao assistirem vídeos. 91% dizem que a plataforma ajudou a ensinar e aperfeiçoar uma habilidade de interesse e 52% contam que aprenderam algo novo no YouTube durante a pandemia e pretendem continuar usando a plataforma para aprendizados futuros.
Fonte: https://canaltech.com.br/
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