1º Capítulo:

Séries Originais conta a origem do sertanejo:

O primeiro episódio da série “Raízes” conta a história do sertanejo, o ritmo musical mais ouvido no Brasil.

O episódio explora o início do gênero no interior do país – desde a primeira gravação de um modão em 1929 –, acompanhando a carreira dos primeiros expoentes nacionais do ritmo, artistas como Tonico e Tinoco, Milionário e José Rico e Irmãs Galvão.

“Eu sou feliz de ser sertanejo. Sou sertanejo de raiz. Nasci na roça, meu pai também nasceu na roça. Eu vim para a cidade, eu estava na base de uns 12 anos. Fui criado aqui na cidade Goiás, conhecido de todo mundo aqui. A cidade toda é meu amigo, se eu tiver inimigo eu nem sei quem é”, disse Marlon, um compositor de músicas sertanejas intimamente ligado aos primeiros passos do modão.

A série vai acompanhar a trajetória da conquista do Brasil pelo sertanejo, que atualmente movimenta uma indústria de milhões de reais, através de grandes shows, festivais, streaming e lives.

2º Capítulo:

Séries Originais conta como o sertanejo virou um sucesso:

O segundo episódio da série “Raízes”, que conta a história do Sertanejo desde o seu nascimento, no interior do país, até o sucesso estrondoso que é hoje.

Para entender o crescimento da relevância do ritmo no Brasil, grandes expoentes do gênero deram seu depoimento: Zezé di Camargo & Luciano, Chitãozinho & Xororó, Daniel e Rio Negro & Solimões relatam o início de suas carreiras e as dificuldades que encontraram.

O episódio também explica como essas figuras, em geral populares no interior, chegaram aos olhos do público geral: a televisão foi o grande expoente desses artistas. As apresentações nos mais diversos programas de auditório, em diferentes canais de televisão levaram o sertanejo para a casa do brasileiro, de onde nunca mais saiu.

Os cantores explicam, no entanto, que não foi fácil conquistar esse espaço. “Na época em que o sertanejo foi para a televisão, eles visavam muito a imagem. Eu e o Solimões não tínhamos uma imagem assimétrica, por exemplo, nós dois temos a mesma altura. Algumas pessoas não eram legais na televisão, sofremos um pouco para superar os obstáculos”, explicou Rio Negro, membro da dupla Rio Negro & Solimões.

3º Capítulo:

Shows do sertanejo universitário chegam a custar R$ 600 mil:

Com festivais espalhados por todo o Brasil, artistas sertanejos movimentam o mercado da música. Não só pelas canções, como também pelos altos valores envolvidos em todo o processo.

Os cachês pagos aos principais cantores do gênero variam de R$ 300 mil a R$ 600 mil por show. A estrutura utilizada nesses eventos é enorme, o que encarece ainda mais os custos com a produção.

É muito dinheiro, mas também muito consumo. Um gênero que arrasta multidões não só para os shows, mas para outras plataformas. ”Se você pegar as faixas mais ouvidas, 100% delas foram sertanejos. Se você pegar artistas mais ouvidos, 70% foi sertanejo. E dos álbuns, 8 dos 10 mais ouvidos em 2019 foram sertanejos”, afirma Marcos Swarowsky, diretor-geral da Deezer na América Latina.

Manter esse público em um mercado tão diverso é complicado. A criatividade é um dos segredos de alguns artistas para se manter no topo.

A dupla Fernando e Sorocaba é um exemplo disso. Conhecidos pela originalidade dos seus shows, eles já se apresentaram até dentro de uma bolha de plástico arremessada no meio do público.

”A gente sempre tentou fazer um show diferente. Eu acho que é preciso levar um pouco a mais além da entrega da música. Já fizemos vários shows dentro de uma bolha e deu muito certo. Nossa carreira ficou marcada pelos shows diferenciados e isso é muito positivo para a gente”, revela Fernando. Segundo a psicanalista Luciana Saddi, da Sociedade Brasileira de Psicanálise, as letras com linguagem informal e que abordam termas universais contribuem para que haja um engajamento maior do público. É dessa maneira que o sertanejo se torna um ritmo cada vez mais ouvido e valorizado.

4º Capítulo:

Séries Originais conta como as mulheres mudaram o sertanejo:

O último episódio da série Sertanejo: A Trilha do Brasil, que fala sobre como as mulheres abriram espaço e transformaram o sertanejo.

Conhecido como “feminejo”, o subgênero faz um sucesso estrondoso hoje em dia, e a CNN conversou com Paula Fernandes, Nayara Azevedo e Thaeme, da dupla Thaeme e Thiago, para entender como elas ganharam os holofotes.

As artistas têm músicas que falam sobre os dilemas que todos passam: amores não correspondidos, sofrimento, traição e superações, mas de uma nova perspectiva.

Até recentemente, os principais nomes da música sertaneja eram de homens, e atualmente, a live mais vista do mundo é a da cantora Marília Mendonça, representante do feminejo.

Paula Fernandes foi uma das primeiras da nova geração de mulheres sertanejas. “Eu sou menina, eu cheguei num mercado que só tinha homem. Um sistema totalmente adaptado para homens e eu fui enfrentando uma barreira atrás da outra. Uma única mulher, vencendo o preconceito, vencendo o desafio de ocupar um espaço que sempre tinha dupla de homens”, lembra.

A cantora Thaeme traz o ritmo no DNA. “Sertanejo para mim é o gênero onde eu me encontrei na verdade, onde eu me senti à vontade, cantando onde eu encontrei a minha verdade. É o ritmo que eu escutava que eu ouvi minha vida inteira, eu trago dos meus avós. Meu avô tinha uma dupla sertaneja. Então é toda a minha raiz, a minha história. ”

 

Segue teaser dos capítulos exibidos:

 

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/